Marcos Flaksman
cenário
Marcos Flaksman
cenário
Carlinhos de Jesus coreógrafo
Volta a chamar atenção com O Sr. Puntilla e Seu Criado Matti, de Bertolt Brecht, encenada por Flávio Rangel em 1966, na qual as soluções arquitetônicas de linhas retas desenham a cena com geométrica precisão. Em 1967, cenografa a primeira montagem carioca do texto de estréia de Plínio Marcos, Dois Perdidos Numa Noite Suja, com direção de Fauzi Arap.
Para a montagem de Fernando Peixoto de O Poder Negro, de LeRoi Jones, em 1968, constrói um vagão de metrô sobre o palco giratório do Teatro Oficina, obtendo grande rendimento no envolvimento do público. Também em 1968, leva novamente o Molière como melhor cenógrafo, com Hipólito, de Eurípides, encenação de Tite de Lemos.
No ano seguinte, cria com sugestivo impacto o desolado interior de uma agência bancária, ambiente onde se dá O Assalto, texto de José Vicente dirigido por Fauzi Arap, com produção do Teatro Ipanema. Em 1970, solta sua imaginação no espetáculo Alice no País Divino-Maravilhoso, montagem tropicalista cheia de verve que Paulo Afonso Grisolli adapta do original de Lewis Carrol.
A seguir cenografa Seria Cômico...Se Não Fosse Sério, de Dürrenmatt, para a encenação de Celso Nunes, em 1973, alcançando com precisão os climas cênicos da austera sala de estar do general, solicitada pelo original; bem como o pomposo e vaudevillesco salão onde transcorre O Amante de Madame Vidal, de Louis Verneuill, um grande momento de Fernanda Montenegro. Emprega uma visualidade rústica e fornece a ambientação adequada à encenação ríspida e soturna de Celso Nunes para Coriolano, de William Shakespeare, 1974.
Dois outros bons momentos da sua criatividade manifestam-se em Equus, de Peter Shaffer, direção também de Celso Nunes, 1976, para a qual emprega apenas um grande praticável circular e uns poucos objetos cênicos, facilitando com essa limpeza visual o alcance imaginário do drama; e, num formato oposto, o abarrotado mas desolado interior de um teatro semi-abandonado, onde transcorre a ação de Pano de Boca, de Fauzi Arap, em sensível montagem de Antônio Pedro, que lhe rende o Prêmio Molière em 1975.
Dois cenários de base arquitetônica complexa e grandes movimentos de maquinaria foram construídos em 1975: para Absurda Pessoa, de Alan Ayckbourn, encenada por Renato Borghi, três cozinhas se apóiam num palco giratório, permitindo, em cada ato, o uso de uma delas; e a neoclássica e austera sala principal de uma propriedade rural norte-americana onde transcorre a ação de A Mais Sólida Mansão, texto de Eugene O'Neill que exige bem marcados recortes de ambiente, espetáculo dirigido por Fernando Torres.
Um interior miserável é desenhado por Flaksman para Trivial Simples, agudo drama de Nelson Xavier, em 1976; e uma sala classe média um pouco cafona, para a deliciosa comédia de Millôr Fernandes, É..., ponte para o talento de Fernanda Montenegro, em 1977.
Faz sua estréia como diretor em 1978, com Nó Cego, drama alegórico de autoria e interpretação de Carlos Vereza, no qual sua soturna cenografia quase medieval rende bem mais que sua condução de cena.
A ambientação para Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho, em 1980, mostra-se grandiosa, grandes praticáveis interligados por escadas que permitem as múltiplas passagens entre os tempos e espaços requeridos pela ação.
A partir da década de 80, Marcos passa a dedicar-se com afinco à arquitetura de edifícios cênicos, sejam teatros ou auditórios, alcançando resultados expressivos e contribuindo para dotar o país de melhores condições técnicas nas casas de espetáculos. Para o Serviço Social do Comércio, Sesc, desenvolve muitos projetos de teatros, em diversos Estados do país. Em São Paulo, cria projetos para a casa de shows Palace e empreende grande reforma das salas de cinema do Cine Belas Artes. No Rio de Janeiro, o Teatro Maison de France é restaurado em 1991 sob sua supervisão. Em 1992, é o responsável pelo projeto cenotécnico da sala azul do Itaú Cultural. Em 1993 constrói dois amplos teatros para o Centro de Comunicação Anhembi.
No cinema, participa de diversas produções nacionais e internacionais como diretor de arte, com destaque para os filmes Moon Over Parador (Luar sobre Parador), de Paul Mazursky; Os Sete Gatinhos, de Neville D'Almeida; O Que É Isso Companheiro?, de Bruno Barreto; Villa-Lobos, uma vida de paixão, de Zelito Viana; e O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria, Benjamin (2003), de Monique Gardenberg, Sexo, amor e traição (2003), de Jorge Fernando, e O vestido (2003), de Paulo Thiago. Em 2005, trabalhou em Vinícius, de Miguel Faria Jr., e O veneno da madrugada, de Ruy Guerra, pelo qual ganhou o prêmio de melhor direção de arte no Festival de Brasília. Em 2006, fez Irma Vap - O retorno, de Carla Camurati, Se eu fosse você, de Daniel Filho e Zuzu Angel, de Sergio Rezende. Em 2009, assinou a direção de arte de Budapeste (2009), de Walter Carvalho e Tempos de paz, de Daniel Filho..
Ao fazer um balanço das atividades e estética de Flaksman no teatro, o crítico Yan Michalski conclui: "A sólida visão arquitetônica é decisiva na definição do estilo cenográfico pessoal de Marcos Flaksman. Suas ambientações tendem a jogar com amplos espaços vazios, composições geométricas e formas retilíneas. Depois de mergulhar fundo na vanguarda dos anos 60/70, evoluiu para linha mais clean e elegante; e, em alguns casos, para uma certa monumentalidade. Em muitos dos seus espetáculos foi também o figurinista; mas é sobretudo como cenógrafo que marcou o teatro brasileiro das últimas três décadas".
Depois de de 11 anos, a frente da comissão de frente da Mangueira, abandonou o cargo de coreógrafo da escola em 2008.[1],mas retornou a escola fazendo a coreografia da bateria da escola. também no mesmo ano foi convidado a ser coreógrafo da escola Boi da Ilha, em 2011 foi convidado a ser coreógrafo da comissão de frente da Beija-Flor[2] e também da Em Cima da Hora, que está nos grupos inferiores. O coreógrafo que já levitou na Avenida, multiplicou gente e ‘trouxe’ de volta bambas como Cartola, Clementina de Jesus e Paulo da Portela está de volta ao comando de uma comissão de frente. Saem o verde e rosa para pedir passagem ao azul e branco de Nilópolis, cores que Carlinhos de Jesus vai defender na Avenida em 2011. O coreógrafo foi contratado pela Beija-Flor e assume a comissão da escola, após 15 anos sob o comando de Ghislaine Cavalcanti.
Maneco Quinderé iluminador
Depois de acompanhar o iluminador Luiz Paulo Nenen como assistente e operador de luz, estréia em 1983, assinando a luz de Galvez, o Imperador do Acre, de Márcio Souza e Luiz Carlos Góes, com direção de Luiz Carlos Ripper. Seguem-se Miguel Falabella e Guilherme Karan, Finalmente Juntos e Finalmente ao Vivo, de Miguel Falabella, Mauro Rasi e Vicente Pereira, com direção de Antônio Pedro, e Classificados, Desclassificados, coletânea, dirigido por Jacqueline Laurence, ambos em 1984, e Tupã, a Vingança, de Mauro Rasi, com Miguel Falabella na direção, em 1985.
Com o diretor Luis Antônio Martinez Corrêa, faz Theatro Musical Brazileiro - Parte I (1860/1914), 1985, e Theatro Musical Brazileiro - Parte II (1914/1945), 1987, ambos com roteiro de Luis Antônio Martinez Corrêa e Marshall Netherland, e Ataca, Felipe!, de Artur Azevedo, 1986. Em 1986, cria a iluminação de O Mistério de Irma Vap, de Charles Ludlam. Sob a direção de Naum Alves de Souza, ilumina Fernanda Montenegro em Dona Doida, Um Interlúdio, de Adélia Prado, e Cenas de Outono, de Yukio Mishima, ambos em 1987.
Neste mesmo ano, sob a direção de Aderbal Freire Filho, assina Gardel, uma Lembrança, de Manuel Puig, e faz a luz para Exercício n.º 1, de Bia Lessa. Em 1988, é a vez de Bandeira dos Cinco Mil Réis, de Geraldo Carneiro. Trabalha com Gabriel Villela em A Falecida, de Nelson Rodrigues, 1994, e Mary Stuart, de Shiller, 1996. O crítico Macksen Luiz escreve sobre o primeiro: "A iluminação de Maneco Quinderé, ao mesmo tempo que cria um féerie de espetáculo de circo, filtra a luz como se houvesse um anteparo de vidros coloridos. Um extraordinário trabalho de luz".
Seguem-se Pérola, de Mauro Rasi, 1995, e Metralha, de Stella Miranda, 1996. Com a direção de Enrique Diaz, faz a luz de Melodrama, 1995, Tristão e Isolda, 1997, ambos de Felipe Miguez, e As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, 1998. Para o texto de Anton Tchekhov, inunda o palco com luminosidade bem aberta, criando somente uma área de luz fechada no proscênio para o destaque de objetos-símbolos. Em 2001, assina Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, com direção de Marcus Alvisi. No ano seguinte participa da prestigiada montagem de Os Sete Afluentes do Rio Ota, de Robert Lepage, com direção de Monique Gardemberg. Em 2003, é sucesso de bilheteria com Batalha de Arroz Num Ringue Para Dois, de Mauro Rasi, direção Miguel Falabella, além de assinar a luz de O Casamento do Pequeno Burguês, de Bertolt Brecht, com direção de João Fonseca, como também em O Que Diz Molero, de Dinis Machado, novo prestígio para o diretor Aderbal Freire Filho.
Quinderé é responsável pela luz de duas peças recentes em cartaz no Rio de Janeiro: ‘Moby Dick’, de Aderbal Freire-Filho e ‘Hairspray’, de Miguel Falabella. Sobre o segundo espetáculo, Maneco diz que nunca havia feito um musical e nem da Broadway e, por isso, ficou inseguro, sentiu um medo de principiante. Ele destaca a diferença da concepção da luz entre as duas montagens: “Moby Dick trabalha muita sombra, noite, mudança no tempo. O clima interfere diretamente no estado de espírito dos personagens. A peça se passa num barco pequeno e sofre a interferência do mar e da chuva o tempo todo. Por outro lado, “Hairspray” é pop, colorido, alegre”.
Mário Canivello
comunicação
A idéia é a de uma ‘assessoria boutique’ – atendimento personalizado e dedicação constante e praticamente exclusiva a poucos clientes por vez. Isso permite a criação de estratégias mais consistentes a partir do conhecimento amplo e profundo sobre o assunto tratado. Este é o ponto de partida para a conquista de um espaço significativo e eficiente na mídia – a curto, médio ou longo prazo, de acordo com os objetivos pretendidos – e a conseqüente sedimentação de imagem do cliente.
Felipe Taborda
designer
Cris Delanno
direção de voz
Kika Lopes
figurinos