APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
O musical ORFEU de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, inédito desde 1956 quando foi apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, é um marco na dramaturgia brasileira e se tornou um mito entre os espetáculos nacionais. Apresentá-lo agora reafirma a potência da irradiação cultural que ele promove.
Inspirou filmes, ganhou prêmios, e é citado na obra biográfica de Barack Obama , mais um comprovante do clássico que se tornou e de sua atualidade.
CARACTERÍSTICAS
. tragédia carioca, escrita por Vinícius de Moraes
. elenco de 16 artistas negros ( 08 homens e 08 mulheres)
acompanhados por banda ao vivo (07 músicos)
. música original de Antonio Carlos Jobim
. direção de Aderbal Freire Filho
. cenários de Marcos Flaksman
. iluminação Maneco Quinderé
. direção musical Jaques Morelenbaum e Jaime Alem
. dramaturgia popular, valorização dos costumes, fala e cultura.
CONSIDERAÇÕES
O centro da trama em ORFEU, é a reflexão sobre a paixão humana, a obsessão sem limites que ela gera, a contaminação por ela de tudo que está à sua volta , a sua muito particular vertigem.
Como em toda poesia de Vinícius, ali está o desejo humano do amor acima da vida e da morte.
Orfeu trata de uma verdade eterna cuja origem está num dos mitos fundadores da civilização ocidental, no que ela tem de mais requintado e humano. Um mito modernamente desvendado pelo grande poeta brasileiro, um mito que se sobrepõe à miséria humana. O amor e a arte.
Desde a sua mítica estréia, a mais célebre tragédia carioca não é montada seguindo as orientações firmadas pela dramaturgia original de Vinicius. Montamos clássicos mundiais e esquecemos que ORFEU, o nosso grande baluarte, não é encenado.
A nossa geração não conhece ORFEU.
O país precisa se rever através do mito. Não há nada mais oportuno e urgente do que revermos a poética da peça. É o que de melhor criamos na música e no teatro. Precisamos recobrar essa inspiração. Por trás da Obra está todo o conhecimento de Vinicius sobre o Rio, o morro e o Carnaval. Temos que celebrar a nossa memória e usufruir da Obra que esses dois nos legaram, esse mito que nos constitui absolutamente.
(...) tenho trabalhado numa peça negra, a se chamar ORFEU, uma tragédia carioca.
Trata-se da lenda grega transportada para o morro carioca.
Conservei os nomes, a linha geral do mito, tudo: Orfeu, Eurídice, Aristeu, etc...
nomes mulatos, você não acha?...)
trecho de carta de Vinícius para Manoel Bandeira - 1948
MANECO QUIDERÉ, GIL LOPES, JAQUES MORELENBAUM, MARCOS FLAKSMAN,
CARLINHOS DE JESUS, ADERBAL FREIRE FILHO, KIKA LOPES